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Semana de 1922, Festival de Woodstock e hoje

  • Foto do escritor: macunaima2015
    macunaima2015
  • 23 de out. de 2015
  • 2 min de leitura

Semana de Arte Moderna de 1922

A Semana de Arte Moderna de 1922 foi o marco do movimento modernista brasileiro em que pintores, músicos, escritores, escultores mudaram a concepção do modelo artístico que o Brasil produzia. O estranhamento dos populares que foram até o Teatro Municipal de São Paulo foi imenso, músico cantando descalço (Villa-Lobos), poema satirizando a escola parnasiana (Os sapos). A reação hostil do público foi inevitável, através de vaias e gritos o público expressou sua insatisfação e até mesmo artistas e escritores criticaram a Semana de 22.


Fragmento do jornal A Gazeta que saiu em 22 de fevereiro de 1922:


“Ao público chocado diante da nova música tocada na Semana, como diante dos quadros expostos e dos poemas sem rimas [...]: sons sucessivos, sem nexo, estão fora da arte musical: são ruídos, são estrondos; palavras sem nexo estão fora do discurso: são disparates como tantos e tão cabeludos que nesta semana conseguiram desopilar os nervos do público paulista que raramente ri a bandeiras despregadas.”

In: RODRIGUES, Antônio Medina et al. Antologia da literatura brasileira. São Paulo: Marco Editorial, 1979. p. 61.


A Gazeta


“São uns pândegos, filhos de famílias ricas, que decidiram ser modernos apenas porque

não sabem rimar”.


Festival de Woodstock de 1969


O Festival de Woodstock foi um evento musical que aconteceu no ano de 1969 organizado por quatros jovens que tinham dinheiro de sobra no bolso e a intenção de fazer um movimento memorável e que batesse de frente com o “american way of life“. Durante o festival rolou muita música acompanhada de drogas – principalmente sintéticas, como o LSD – e sexo.


A população de Woodstock ficou escandalizada pelo motivo de ter que ‘’abrigar’’ vários Hippies usando Drogas ilícitas e nudez explicita. Com isso a população entrou na justiça para impedir que o evento acontecesse. Os ingressos já tinham sido vendidos, mas muitas pessoas queriam seu dinheiro de volta pelo fato do evento não ter um local fixo para o evento acontecer.


De ultima hora um fazendeiro cedeu o espaço de 600 acres (2 428 113,85 m²) na cidade de Bethel para a ocorrência do Festival de Woodstock. Os moradores de Bethel não se importavam que sua cidade lotasse de hippies. A cidade parou com o festival. Era esperado cerca de 50 mil pessoas, mas foram surpreendidos com um publico de 200 mil, que se multiplicou para 500 mil nos dias do evento.


Podemos comparar a Semana de 22 com o Festival de Woodstock porque os dois foram marcos de suas décadas, no qual a proposta de ruptura, de radicalização e de liberdade de expressão era constante e causaram desconfortos àqueles que não “apoiavam” essas propostas. O estranhamento da Semana de 1922 pode ser também comparado ao movimento do Orgulho Gay e com beijos homoafetivos em telenovelas, onde conservadores se sentem indignados, com seu espaço violado por estarem presenciando esses acontecimentos.



 
 
 

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Uma breve "encenação" que busca retratar duas possíveis reações que a Semana de Arte Moderna de 1922 causou no seus espectadores.

 
 
 
MODERNISMO BRASILEIRO

A Klaxon - Mensário de Arte Moderna - foi a primeira revista Modernista do Brasil e começou a circular logo após a realização da Semana de Arte Moderna. O primeiro, dos seus nove números, foi publicado em 15 de maio de 1922 e o último em janeiro de1923. A palavra Klaxon, segundo o Dicionário, é de origem inglesa e seu significado é "Buzina de Automóvel". Por isso e por estar sempre aberta à experimentação, pode-se dizer que a Klaxon anunciava, de forma barulhenta, as novidades do mundo moderno.
O principal propósito da revista foi servir de divulgação para o movimento modernista, e nela colaboraram nomes como Manuel Bandeira, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Sérgio Buarque de Holanda, Tarsila do Amaral e Graça Aranha, entre outros artistas e escritores. Além disso, também eram publicados ensaios, crônicas, críticas de arte, piadas, gravuras e anúncios sérios como os da "Lacta", que contrastavam com anúncios satíricos como os da "Panthosopho, e Pateromnium & Cia", uma empresa que fabricava sonetos. A revista Klaxon foi inovadora em todos os sentidos: gráfico, existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo. O edital do primeiro número da revista, assinado por vários colaboradores, afirmava os caminhos que os modernistas pretendiam seguir. (Fonte: http://semanadaartemoderna.blogspot.com.br/2007/04/manifestos-e-revistas2.html)

Abaporu é uma clássica pintura do modernismo brasileiro, da artistaTarsila do Amaral. O nome da obra é de origem tupi-guarani que significa "homem que come gente" (canibal ou antropófago), uma junção dos termos aba (homem), pora (gente) e ú (comer).
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